L | iteratura
Caros membros da Academia Juvenil de Letras Machado de Assis,
Dirijo-me desejoso de que a paz e o bem estejam com todos!
Peço vênia para, em menção, trazer até este momento aqueles que por motivos diversos não se encontram sob este mesmo teto: minha família, meus amigos de Minas Gerais e de forma muito especial, meus poetas e filósofos favoritos, quais sejam, Betânia Pereira, Paulo Vitor, Diego Mégda, Luis Marcelino – o Dom, Vinícius Cruz e Heitor Benetti, bem como os irmãos da República Vermelha.
A honra e o agradecimento de ter sido escolhido pelos membros desta promissora Academia são tamanhos que palavras me faltariam para manifestá-los. Assim, não me resta senão o desejo de que minha reverência pela concessão da Cadeira patroneada por Rui Barbosa seja expressa em todos os momentos que aqui estiver.
Resta ainda o desejo de que a estola que ornará meu peito, não me sirva de status social, mas de constante lembrete de meus compromissos em favor do engrandecimento da Literatura, das manifestações artísticas e da Juventude.
Que a cadeira deste nobre salão, a qual me foi destinada, não seja confortável suficiente para que o comodismo me alcance, mas que eu seja um real construtor de uma sociedade nova.
Que minha voz não seja ouvida neste templo do saber quando proferir contra a lealdade, hombridade e misericórdia. Mas que ecoem a todos, quando meus brados forem políticos e clamarem por uma sociedade mais justa.
Que a gravata e o sapato lustrado, aos quais adentro este salão, não me afastem de minhas origens humildes das serras mineiras, onde o homem também é conhecido pelo seu braço forte para trabalhar.
Sendo assim, peço aos nobres colegas acadêmicos que me ajudem nesta nova empreitada e que eu consiga honrá-los pela confiança que depositaram em mim.
Que Deus esteja conosco! Tenham uma boa tarde!
(Discurso proferido na Cerimônia de Posse do Acadêmico Rafael Henrique Gomes. Campinas, 13 de Agosto de 2011)